quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Hélio Castroneves vence o prêmio capacete de ouro

Helio Castroneves foi eleito o melhor entre os pilotos da Indy nesta temporada / Jonathan Ferrey/AFP 
Helio Castroneves foi eleito o melhor entre os pilotos da Indy nesta temporada Jonathan Ferrey/AFP

Helio Castroneves ficou com o prêmio Capacete de Ouro, oferecido pela revista Racing, entregue às personalidades do automobilismo nacional. O evento aconteceu na noite de segunda-feira, no Moinho Eventos, em São Paulo.

O piloto da Penske brigou pelo título em 2012 e terminou a temporada na quarta colocação, com 431 pontos.

No entanto, Castroneves não foi ao evento buscar o prêmio, uma vez que depois que disputou a Corrida do Milhão, da Stock Car, no domingo, voltou aos Estados Unidos para novos testes para a próxima temporada da Fórmula Indy.

O piloto deixou gravado um vídeo em agradecimento. "Puxa vida, meu terceiro capacete de ouro. Lembro quando eu era moleque e isso era muito legal. Infelizmente, não posso estar aí, tenho que estar em Indianápolis trabalhando. O importante é continuar fazendo o que eu amo, que é correr".

Kanaan, nono colocado no Mundial, ficou com o segundo lugar na premiação e Barrichello, o 12º, ficou em terceiro. Dos três pilotos que concorriam ao prêmio, somente Kanaan esteve presente no evento.

Norbert Haug Deixará chefia esportiva da Mercedes-Benz


Norbert Haug usa troféu para se defender de champanhe de Nico Rosberg no pódio (Foto: AFP)Haug se defende de champanhe de Rosberg com
troféu: 1ª vitória da Mercedes na F-1 (Foto: AFP)
Não é apenas o heptacampeão Michael Schumacher que dá adeus na Mercedes neste ano. O alemão Norbert Haug, de 60 anos, deixará o cargo de chefe da divisão esportiva da Mercedes-Benz. Após 22 anos no comando da famosa marca germânica, foi anunciado nesta quinta-feira que o jornalista de formação, em acordo mútuo com o conselho administrativo da empresa, seguirá na função apenas até o fim de 2012, quando termina seu contrato.
Haug dirigia a parte de competições da Mercedes-Benz desde 1990. Nesse período, a montadora obteve sucesso em diversas categorias do automobilismo mundial, como a Fórmula 1, a Fórmula 3 e a DTM (campeonato de turismo alemão), na qual venceu 50% das provas desde 1992.
- Haug foi o rosto do programa de competições da Mercedes por mais de 20 anos. Ele deixou sua marca e foi responsável pelo retorno bem sucedido das Flechas de Prata à F-1. Em nome do conselho e da família Mercedes, gostaria de agradecer a Norbert por sua extraordinária dedicação à estrela de três pontas - declarou Dieter Zetsche, presidente da marca e diretor-executivo da Daimler AG.
Sob o comando de Haug, a Mercedes-Benz retornou à F-1 em 1993 após 40 anos, através da assistência à equipe Sauber. Em 1995, a montadora passou a fornecer motores para aMcLaren, uma parceria de sucesso que rendeu um Mundial de Construtores (1998) e três de pilotos – Mika Hakkinen (1998 e 1999) e Lewis Hamilton (2008). Em 2010, a marca voltou a competir na F-1 como equipe ao comprar a Brawn GP. A última vez havia sido em 1955.
Haug aproveitou para agradecer à Mercedes-Benz pelas mais de duas décadas de trabalho e lamentou o insucesso da marca até o momento desde que ingressou na F-1 como equipe. No próximo ano, Lewis Hamilton, da McLaren, assumirá o lugar de Schumi, e fará dupla com Nico Rosberg.
- Gostaria de agradecer à melhor companhia de carros do mundo por esses 22 anos, em que nunca houve um momento sem paixão. Particularmente, gostaria de agradecer ao conselho pela confiança e liberdade que sempre me deram. Alcançamos muitos objetivos e vitórias. Infelizmente, com apenas uma vitória desde fundarmos nossa própria equipe de F-1 em 2010, nós não conseguimos cumprir nossas expectativas. Porém, demos os passos certos para sermos bem sucedidos no futuro. Nosso time e nossos pilotos farão de tudo para atingir essas metas - declarou.
 

Bernie minimiza fim da HRT: 'Preferia dez times, desde que Ferrari não saia'


Em junho, Luca di Montezemolo e Bernie Ecclestone trocavam afagos nos bastidores da F-1 (Foto: Getty Images)Luca di Montezemolo - presidente da Ferrari -  e
Ecclestone abraçados (Foto: Getty Images)
Em 2013, a Fórmula 1 não deverá ter 12 equipes e 24 carros na pista como neste ano. Com problemas financeiros, a HRT foi colocada à venda e não apareceu na lista de inscritos da próxima temporada, divulgada pela FIA no fim de novembro. Porém, se depender de Bernie Ecclestone, dono dos direitos comerciais da categoria, mais um time poderia sair, sem problemas. Diretor da Formula One Administration (FOA) e da Formula One Management (FOM), o poderoso britânico de 82 anos acha que dez times seria o número ideal para a F-1. Mas para ele, apenas uma equipe teria status de intocável e não poderia deixar a categoria: aFerrari, escuderia mais tradicional e que disputou todas as 63 etapas da história.
- Eu preferia ter dez. Nunca quis ter 12. Com dez, é mais fácil de lidar, tanto para os promoteres, quanto para o transporte. Preferimos ter dez, desde que não fiquemos sem a Ferrari – admitiu Ecclestone, desdenhando de outros times tradicionais como McLaren, Williams, Lotus e a nova grande RBR.
montagem do carro da HRT (Foto: Felipe Siqueira / Globoesporte.com)HRT não está na lista de times inscritos para temporada 2013 (Foto: Felipe Siqueira / Globoesporte.com)
A F-1 contou com apenas dez times no grid no início da última década e em 2009. Em 2010, uma iniciativa do ex-presidente da FIA Max Mosley proporcionou a entrada três novas escuderias na categoria: a Lotus (atual Caterham), a VRT (hoje Marussia) e a Hispania (HRT). Com a saída da Toyota, o número ficou em 12, quantidade que permaneceu igual nos anos seguintes. Porém, em razão do baixo rendimento das equipes "nanicas", o projeto acabou não rendendo resultados significativos.
Curiosamente, Ecclestone se envolveu em uma polêmica recentemente justamente com Luca di Montezemolo, atual presidente da Ferrari. O dirigente do time de Maranello declarou que Bernie era muito velho para comandar a F-1 e recebeu uma resposta à altura:
- Eu tenho 82 anos, ninguém pode negar isso. Mas tempos atrás eu costumava debater as coisas com um senhor de 88 anos, quando Luca tinha apenas 40. Seu nome era Enzo Ferrari.
felipe massa ferrari gp dos eua (Foto: Agência Getty Images)Ferrari, de Felipe Massa e Fernando Alonso, é considera intocável por Bernie (Foto: Getty Images)

Alguersuari Quer Voltar A F1


Ele tem apenas 22 anos e já carrega nas costas três temporadas de Fórmula 1, além de um ano como piloto de testes da fornecedora de pneus. Fora da categoria, Jaime Alguersuari não nega sua intenção de retornar, e segue trabalhando para isso. No Brasil para disputar as 500 milhas de kart, o espanhol diz que está negociando para disputar a temporada 2012 e garante que uma decisão sobre seu futuro não passa do fim deste ano.
O espanhol Jaime Alguersuari, que negocia para voltar à F-1, é um dos mais empolgados com a prova (Foto: Alexandre Grunwald / Globoesporte.com)O espanhol Jaime Alguersuari negocia para voltar à F-1 e se diverte no kart (Foto: Bruno Terena / divulgação)
- Minha vida é a Fórmula 1. É onde quero estar, é onde estive nos últimos três anos. Agora, com a experiência que obtive junto à Pirelli, creio que isso terá um peso grande para o ano que vem. Todavia, não sei onde vou estar, como vai ser. Acho que nesta semana, ou na próxima, poderei revelar o que farei – disse, entre um treino e outro no kartódromo Beto Carrero World, em Santa Catarina.
Jaime mantem seu estilo despojado, que marcou seus três anos de atuação na equipe STR, pela qual se tornou o mais jovem competidor de toda a história da categoria – ele estreou aos 19 anos de idade na categoria. Porém, demonstra maturidade ao falar sobre seus objetivos em um possível retorno à elite do automobilismo.
- Estou muito motivado e com muita vontade de voltar a guiar na F-1 com um carro competitivo. Para mim, a única forma viável de estar na categoria é ter um carro que te dê chances de ficar no top 10. A Fórmula 1 é completamente diferente daquilo que nós podemos entender como competição. A diferença de outros esportes é que, se você não tem um carro competitivo, não pode fazer nada. O único objetivo é ganhar do companheiro de equipe – resume.
Jaime Alguersuari no treino do GP de Cingapura (Foto: AP)Alguersuari guiou três anos pela equipe STR na Fórmula 1 (Foto: AP)
Sem dar pistas sobre qual equipe teria preferência sobre seu passe, o espanhol aproveita e traça um paralelo entre momento do automobilismo brasileiro na F-1 – que por enquanto tem apenas Felipe Massa confirmado para a próxima temporada – e a situação de seu país, que passa por uma crise econômica após um período de grande fartura. Cenários que, segundo ele, afetam os investimentos nos pilotos destes países.
- O Brasil teve grandes pilotos na Fórmula 1 no passado e terá no futuro. Esta é uma escola fantástica. E estas corridas de kart são o início para gerar campeões. A situação atual do Brasil não é muito diferente da Espanha, que hoje só tem um piloto. Na F-1, as coisas mudam muito rápido, é um mundo muito imprevisível, como o futebol – filosofa.