quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Quebra-Cabeças Da Willians

Williams no GP do Brasil de 2011
E a novela continua. 2011 acabou, 2012 começou e nada da definição da segunda vaga na Williams, ao lado do venezuelano Pastor Maldonado, para a próxima temporada. As últimas semanas foram recheadas de rumores e notícias desencontradas. Bem, ao menos uma coisa é fato: a equipe inglesa está enrolando o anúncio ao máximo porque está fazendo um grande leilão pelo cockpit. E como todos já sabem, os brasileiros Rubens Barrichello e Bruno Senna; o alemão Adrian Sutil e o russo Vitaly Petrov estão na briga. Só que, neste momento, os dois pilotos sul-americanos aparecem com mais chances nesta disputa.
Desde o dia 31 de dezembro, quando a Williams atualizou seu site, sabia-se que a empresa de telefonia americana AT&T deixaria a equipe, onde ocupava a posição de patrocinadora principal. A notícia foi confirmada nesta quarta pela assessoria de imprensa inglesa. O contrato foi encerrado no fim de 2011 e não foi renovado. Um dos motivos seria a ligação da Williams com o Governo venezuelano e com a companhia de petróleo local, a PDVSA. As relações do país sul-americano governado por Hugo Chávez com os Estados Unidos não são das melhores, como se sabe. E a imagem da companhia estava ficando ruim em seu principal mercado consumidor.
Ao mesmo tempo, sabe-se que a equipe inglesa está em fortíssimas conversas com empresas do Qatar. A Williams tem um centro tecnológico no país árabe há alguns anos. Além disso, Frank Williams, dono da equipe, viajou para lá durante algumas semanas em novembro. As conversas estão avançadas com duas companhias: o Banco Nacional do Qatar (QNB) e a Qatar Telecom (Qtel), que esteve associada com a multinacional Virgin até meados de 2011. A telefônica chegou a patrocinar os carros da Brawn GP no GP de Abu Dhabi de 2009, além de ser a patrocinadora principal do GP do Qatar de MotoGP, disputado à noite no circuito de Losail.
Rubens Barrichello na Brawn GP com patrocínio da Qtel no GP de Abu Dhabi de 2009
Então chegamos, finalmente, ao complicado quebra-cabeça. As chances de Barrichello dentro da equipe realmente cresceram. E podem ficar ainda maiores se o acordo com as empresas qatarianas (ou qatarenses, fica a seu gosto) for realmente concluído. Por outro lado, Bruno Senna também está forte na briga. Entretanto, conflitos podem atrapalhar o sobrinho do tricampeão. Ele é patrocinado pela telefônica Embratel e pela OGX, subsidiária de óleo e gás da EBX, empresa do bilionário Eike Batista. Seria interessante ver como a Williams resolveria o problema já que a PDVSA e a Qtel são empresas do mesmo ramo das apoiadoras de Senna.
E, além disso, ainda temos Sutil e Petrov, que viriam com bons aportes financeiros. Sabe-se que a equipe está dividida: Adam Parr e a parte comercial querem Bruno Senna, pela possibilidade de atrair patrocinadores. Já a parte técnica prefere Barrichello, principalmente por causa da nova parceria de motores com a Renault. Neste momento, quem tem mais dinheiro na mão é Sutil, mas ele não aparece com as características dos outros dois. O fato é que nada está decidido ainda. A Williams tentará estender esse leilão pelo maior tempo possível, mas não duvidaria de um anúncio ainda em janeiro. Agora é aguardar as cenas dos próximos capítulos.

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